sexta-feira, 6 de março de 2009

OPERAÇÃO RAPINA 3

ELA ESTÁ DE VOLTA!

Os dois alvos principais da Operação Rapina 3, deflagrada hoje (quinta-feira) pela manhã na região Tocantina, seriam os prefeitos reeleitos João do Oliveira (Senador La Rocque, do PR) e Dione Alves (Ribamar Fiquene, do PSDB). Segundo o superintende da PF, Fernando Segóvia, os políticos só não foram presos porque a justiça negou o pedido feito pelo órgão. Ao todo 23 pessoas foram detidas por enquanto.
O esquema é o mesmo desvendado na outras operações. Prefeituras, contadores e empresas simulam licitações para desviar recursos públicos. Foi desvendado a partir principalmente da Operação Rapina 2 quando foram presos Domício Gonçalves (Centro Novo do Maranhão) e Perachi Roberto de Morais (Marajá do Sena). Domício chegou a ser reeleito, mas teve a candidatura cassada pela Justiça Eleitoral. Domingo passado foi eleito Arnóbio Rodrigues (PDT).
A investigação, que já durava um ano e meio, teve início quando foram identificadas empresas de fachada localizadas na região tocantina, que davam cobertura às licitações das prefeituras investigadas nas primeiras etapas da Operação Rapina. Verificou-se que tais empresas tinham ligações com as prefeituras de Ribamar Fiquene/MA e Senador La Rocque/MA.
Foi apurado pela PF e pela CGU que tais prefeituras fraudavam licitações, balancetes contábeis e utilizavam notas fiscais falsas das empresas de fachada investigadas com o objetivo de encobrir desvio de recursos públicos oriundos da União por meio de convênios, fundos e planos nacionais.
O grupo era formado por empresários, prefeitos, políticos, secretários municipais, membros das comissões de licitação e contadores, tendo a participação de dois escritórios assessoria. Segundo estimativa da PF, em 2007 e início de 2008, a organização criminosa movimentou cerca de R$ 15 milhões somente em recursos federais, sendo esse montante em quase sua totalidade desviado com as fraudes.
Jornal Hoje
Em um escritório de contabilidade de Imperatriz, os agentes cortaram a cerca elétrica e receberam ajuda de um chaveiro para conseguir entrar. A quadrilha é acusada de forjar notas fiscais para desviar verbas federais repassadas para as prefeituras de Senador La Roque e Ribamar Fiquene. O alvo da operação são prefeitos, secretários municipais, contadores e donos de empresas fantasmas. A polícia federal e a Controladoria Geral da União descobriram que pessoas simples foram usadas pela quadrilha.
Uma única empresa fantasma aberta em nome de um lavador de carros desviou mais de um milhão de reais da merenda escolar. “Ele só pediu o meu nome para abrir o nome da firma, em 2004, 2003. Eu arrumei, mas inocente de tudo”, revelou a vítima. Agente Federal: “O senhor então nunca participou de processo licitatório na cidade de Senador La Roque?”.
(matéria do blog do Jornalista Décio Sá - Portal imirante.com)